gestão da qualidade

Gestão da qualidade: entenda a importância

A gestão da qualidade é uma área muito ampla e essencial para os mais diversos tipos de negócios. Os detalhes de uma cadeia de produção são tantos que é impossível garantir a excelência dos produtos e a satisfação da clientela sem um profissional que possa fiscalizar e direcionar os processos para melhorias.

Promissora e versátil, essa carreira é interessante tanto para quem ainda não ingressou no mercado e quer conquistar a independência financeira, como para quem quer mudar de profissão. Ademais, as empresas sempre têm demandas para garantir padrões de qualidade.

Neste conteúdo, você vai entender mais sobre o tema e a atuação do profissional especializado na área. Ainda, vai conferir detalhes sobre a formação necessária — por exemplo, se é necessária uma graduação específica. Acompanhe e tire dúvidas!

O que é gestão da qualidade?

Trata-se de uma área de conhecimento e atuação voltada para a fiscalização e supervisão de processos, produtos e serviços. A ideia é garantir um padrão de qualidade elevado e consistente. Ou seja, tanto trabalhar em prol de melhorias, quanto da manutenção de certo nível de qualidade no que uma empresa produz ou oferece.

Nesse sentido, a gestão da qualidade usa tanto padrões previamente estabelecidos, seja por normas reguladoras, índices definidos pelos próprios profissionais ou aspectos do feedback da clientela. Portanto, atua em prol da melhoria e constância do desempenho geral da organização, permitindo que a empresa tenha mais controle sobre as próprias operações e resultados.

Sistema de Gestão da Qualidade

Também conhecido pela sigla SGQ, esse é um ponto de apoio importante para quem atua como gestor de qualidade. Isso porque, refere-se a um conjunto de medidas implementadas com o objetivo de favorecer a satisfação do cliente por meio da qualidade dos produtos e serviços da empresa.

Logo, o Sistema de Gestão da Qualidade constitui uma forma de esquematizar o plano de ação. Isso é feito por meio de uma documentação que detalha, por exemplo, as responsabilidades e procedimentos de cada equipe. Ele inclui:

  • processos produtivos;
  • pessoas envolvidas na produção;
  • partes interessadas;
  • tecnologias usadas;
  • objetivos de negócio e metas.

O SGQ mais utilizado mundialmente é o ISO 9001, documento que apresenta uma série de normas técnicas que norteiam um modelo geral de gestão de qualidade. Como o nome indica, foi elaborado pela International Organization for Stardardization (ISO) — em tradução livre, Organização Internacional de Padronização.

Essa instituição define parâmetros e métodos voltados para o controle de qualidade e avalia as empresas em relação à adesão, procedimento que resulta em um certificado. Embora isso não seja mandatório, em geral, o documento tem alto valor para uma empresa, já que atesta de forma altamente confiável que a gestão da qualidade é feita corretamente.

Origem

A gestão da qualidade, como área de conhecimento e atuação, estabeleceu-se no período posterior à Segunda Guerra Mundial, no Japão, que precisava se recuperar da devastação sofrida. A correção de erros na fabricação de itens bélicos foi a necessidade japonesa que levou à implementação do que era conhecido como controle de processos. 

Esse termo sofreu modificações, assim como a área recebeu contribuições de diversos profissionais até chegar ao que se entende hoje por gestão ou controle de qualidade. No entanto, o conceito em si já era pensado anteriormente à guerra. 

Um físico, engenheiro e estatístico dos Estados Unidos, Walter Andrew, Shewhart, se propôs a destrinchar alguns conceitos ligados à qualidade. Assim, ficou conhecido como pai do controle estatístico da qualidade e deu início a uma pesquisa acerca da qualidade da produção nas indústrias e em outros lugares. Ainda, foi ele quem idealizou um dos recursos mais relevantes para os profissionais da área: o ciclo PDCA.

Ciclo PDCA

Essa é uma ferramenta voltada para o grande objetivo da gestão de qualidade: avaliar e melhorar os processos internos de uma empresa. A sigla é composta por quatro fases:

  • plan ou planejar;
  • do ou fazer;
  • check ou checar, conferir;
  • act ou agir.

Na primeira fase da gestão (plan), faz-se o planejamento do que será feito, dos métodos e dos responsáveis. A segunda (do) é marcada pela execução daquilo que foi planejado. Em seguida, é o momento de averiguar os resultados (check). A quarta e última fase (act) consiste em aplicar medidas de correção, melhoria ou manutenção, a partir do que é observado na etapa anterior.

Qual é a importância disso nas empresas?

Hoje, as empresas entendem que estão inseridas em um cenário altamente competitivo, no qual a excelência deve sempre ser almejada. Então, investem em profissionais do controle da qualidade para alcançar os melhores resultados possíveis, atendendo a padrões que garantam mais economia e uma maior satisfação do cliente, entre outros aspectos.

Implementar um controle de qualidade vai muito além de uma fiscalização dos processos. Isso traz a instauração de uma cultura de qualidade na organização como um todo, de modo que todo processo produtivo seja impactado — não apenas o produto em si, embora isso reflita nele. A ideia é atuar da forma certa para a clientela, os funcionários, investidores e todos os demais que estão inseridos ou se relacionam com a empresa.

Quais os pilares da gestão de qualidade?

Existem quatro componentes da gestão de qualidade que merecem destaque e se relacionam intimamente com o ciclo PDCA, descrito anteriormente:

  • planejamento da qualidade, que seria referente à primeira fase do ciclo (plan);
  • garantia da qualidade, que envolve a aplicação das técnicas e estratégias adequadas na execução do planejado (fase do) para que o produto seja como esperado;
  • controle da qualidade, que é referente à etapa em que se faz a verificação do que foi produzido em relação aos parâmetros estabelecidos (fase check);
  • melhoria da qualidade, que envolve as medidas pós-produtivas (da fase act) para fazer os ajustes necessários.

Em relação aos padrões de qualidade, a organização mais conhecida que estabelece esses parâmetros e concede certificações às empresas é o Inmetro. Além disso, também têm destaque a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Como é a atuação?

O que faz um gestor de qualidade depende muito da área em que ele atua. Em geral, esse tipo de profissional:

  • estabelece padrões de qualidade;
  • analisa os produtos em relação ao desempenho diante dos padrões estabelecidos;
  • coleta feedbacks da clientela — por meio de pesquisas de opinião, por exemplo;
  • elabora estratégias para alcançar melhorias, tanto nos produtos como nos processos de produção.

Outra possível estratégia para melhorar os processos é a realização de benchmarking, prática que consiste em uma pesquisa de mercado que, normalmente, tem foco na concorrência. A ideia é comparar diversos aspectos da empresa com os equivalentes da concorrência, principalmente tomando como base os padrões de marcas que têm destaque no mercado.

Possibilidades de atuação

Os profissionais de gestão da qualidade podem trabalhar, por exemplo, em entidades certificadoras da qualidade como as que foram mencionadas. Além disso, podem trabalhar com auditorias e consultorias voltadas para a implantação de normas nos mais diversos setores, como o ambiental, o corporativo, o industrial ou o da saúde.

Alguns possíveis cargos são:

  • agente fiscal metrológico e de qualidade;
  • técnico de garantia da qualidade;
  • certificador de qualidade internacional;
  • modelador de processos.

Descubra quanto ganha esse profissional

Encontrar-se em uma atividade profissional e obter reconhecimento é importante, mas é inegável que todos querem ganhar bem. A remuneração média para gestores de qualidade, no Brasil, é de R$ 3.516, segundo a plataforma Vagas.com.br. No entanto, o salário pode chegar a mais de R$ 5 mil.

Como se tornar gestor ou gestora de qualidade?

Em relação à formação universitária, existem duas possíveis capacitações para o profissional da área. Você pode optar por uma pós-graduação, caso já tenha diploma de nível superior, ou um curso tecnólogo. Entenda melhor cada uma das opções a seguir.

Tecnologia em Gestão da Qualidade

Os cursos tecnólogos são formações de nível superior com a vantagem de ter duração menor que as outras modalidades (bacharelado e licenciatura). Esse tipo de graduação dura, normalmente, 2 anos e tem um direcionamento mais objetivo, voltado para as necessidades vigentes no mercado de trabalho. Então, quem decide se tornar tecnólogo em Gestão da Qualidade tem boas chances de começar a trabalhar na área rapidamente.

Na Universidade Anhembi Morumbi, o curso tem, na grade curricular, disciplinas como:

  • Sistemas e Ferramentas da Dualidade;
  • Estruturas e Ambientes das Organizações;
  • Inovação, Sustentabilidade e Competitividade Empresarial;
  • Normalização e Auditoria da Qualidade.

Pós-graduação em Gestão da Qualidade

Existem muitas faculdades que oferecem cursos de aprofundamento na área e as opções em relação ao tipo de curso também são vastas. Nesse sentido, há o MBA em Gestão da Qualidade em Tecnologia da Informação, que dura 1 ano e visa o domínio, por parte do aluno, de formas de avaliar sistemas de informação, segurança e bancos de dados.

Essa pós-graduação, na Anhembi Morumbi, conta com disciplinas como:

  • Análise e Gerenciamento de Risco;
  • Auditoria de Segurança da Informação;
  • Governança e Controle em TI;
  • Sistemas de Apoio à Tomada de Decisão e Gestão do Conhecimento.

EAD para gestão da qualidade

Ambos os cursos da Anhembi que foram mencionados são da modalidade EAD e, claro, reconhecidos pelo MEC, com diploma válido no Brasil inteiro. Eles também contam com aulas interativas, simuladores e laboratórios virtuais para enriquecer o aprendizado do estudante.

O estudo online é uma excelente opção para quem tem dificuldade de conciliar uma formação acadêmica com outras demandas da rotina. Ademais, confere muito mais autonomia ao aluno na gestão do tempo, além de ter a vantagem de não gerar investimento de tempo extra ou despesas adicionais com o deslocamento até um campus, por exemplo.

Como atuar bem na área?

Como vimos, para ser um profissional da gestão da qualidade, é necessário ter formação como tecnólogo ou ser pós-graduado. Além disso, é importante se informar bem sobre o mercado de trabalho na localidade em que pretende atuar, para entender as maiores demandas e descobrir onde você se encaixa melhor. Uma das melhores formas de fazer isso é conversar com os professores e pedir orientações.

Mas vamos considerar que você é recém-formado na área. Com o diploma em mãos e muita vontade de construir uma carreira de sucesso, está pronto para ingressar no mercado. Naturalmente, você quer ser um bom profissional, certo? Existem diversos fatores que contribuem para isso.

Primeiro, é inegável que a experiência é um fator importante no aprimoramento de um profissional. No entanto, quando se está começando uma carreira, dificilmente, esse é um diferencial com o qual se pode contar. Então, a meta é adquirir experiência por meio das oportunidades que você vai aproveitar e conquistar.

Mas para extrair o máximo de cada oportunidade, as competências técnicas não são suficientes, embora sejam essenciais. Na verdade, é importante também ter certas habilidades socioemocionais e gerais, como:

  • uma boa organização da rotina de trabalho, o que vai refletir em um bom trabalho na hora de organizar equipes e processos;
  • uma comunicação efetiva e objetiva, já que você será responsável por orientar outros profissionais;
  • muita atenção aos detalhes — muitas vezes, é neles que está o ponto crucial que afeta a qualidade;
  • uma visão estratégica sobre a empresa como um todo — o que inclui pontos fracos e fortes — e as tendências do mercado;
  • inclinação para a liderança, já que é necessário, muitas vezes, convencer e motivar equipes;
  • equilíbrio emocional para lidar com possíveis pressões do mercado e da empresa em si, bem como com a responsabilidade sobre os resultados.

Por fim, tenha em mente que é fundamental que o foco da empresa esteja na clientela e nas demandas. Além disso, a abordagem de um gestor de qualidade precisa ser muito sistemática, com uma visão ao mesmo tempo detalhada e ampla sobre os processos e as funções dentro da organização.

Não há uma fórmula específica, embora existam recursos como o PDCA e os Sistemas de Gestão da Qualidade. Essas ferramentas podem e devem ser usadas pelo profissional da área na busca por uma constante de melhorias, que acompanhem as mudanças do mercado e as novas recomendações em termos de padrões de qualidade. Nesse sentido, o amparo de recursos tecnológicos também é fundamental.

Você tem afinidade com a área e vontade de atuar nela? Confira já os cursos de Gestão da Qualidade disponibilizados pela Anhembi!

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