O que é freelancer

O que é freelancer? Saiba como é a rotina e quais os tipos de trabalho

Quem busca alternativas de trabalho que permitam flexibilidade de horários e autonomia, em algum momento, provavelmente vai se perguntar: o que é freelancer? Será que essa realmente pode ser uma carreira por si, ou serve apenas para fazer uma renda extra?

É comum ter dúvidas sobre o que faz um freelancer. A verdade é que as possibilidades de atuação são infinitas. No entanto, para as duas perguntas específicas mencionadas anteriormente, é possível encontrar respostas claras.

Neste conteúdo, você vai conferir essas respostas e entender melhor como funciona o trabalho desse profissional. Talvez a leitura sirva até mesmo para ajudar a definir se quer ou não investir nesse tipo de trabalho. Saiba mais a seguir!

O que é freelancer e como funciona o trabalho?

O termo se refere a uma pessoa que trabalha de forma autônoma, sem vínculo empregatício fixo com uma empresa ou organização. Esses profissionais geralmente prestam serviços pontuais ou projetos para clientes diferentes, podendo trabalhar em diferentes áreas e ser remunerados por hora ou por projeto.

O profissional freelancer é chamado informalmente de freela, mas o termo também se aplica às tarefas que ele entrega. O teor das demandas de trabalho varia de acordo com o cliente e a especialidade do freelancer.

Embora a profissão seja marcada por trabalhos pontuais, em muitos casos, existem demandas recorrentes de mesma origem. Por exemplo: alguém que produz conteúdos audiovisuais constantemente pode precisar de um editor freelancer para trabalhar em cada um dos vídeos. No caso de clientes recorrentes, uma opção é combinar pagamentos mensais ou em pacote, por quantidade de tarefas — fica a critério do profissional e do cliente.

Também é possível trabalhar em uma plataforma específica para freelancers, que os conecta com clientes e pode trazer essas demandas recorrentes. Nesse caso, cada plataforma tem suas próprias políticas de pagamento, e é importante entendê-las bem antes de começar a trabalhar.

A formalização não é obrigatória

O registro como MEI (Microempreendedor Individual) é o recomendado se você quiser se formalizar enquanto freelancer. Fazer isso não é obrigatório, mas existem empresas e clientes que exigem CNPJ e emissão de nota fiscal para contratar o trabalho de um profissional freela.

Além disso, a contribuição mensal obrigatória para o MEI é majoritariamente referente ao INSS. Ou seja: embora existam outras taxas e impostos no pagamento feito todo mês por esses empreendedores, a maior parte da contribuição paga pelo MEI é destinada ao Instituto Nacional do Seguro Social.

Então, ao atuar formalmente como Microempreendedor Individual e cumprir com as obrigações do regime tributário, você já está construindo sua aposentadoria.

Viver de freela é possível

É comum que profissionais das mais diversas áreas façam trabalhos pontuais autônomos para garantir uma renda extra. Mas, muito além de um adicional, a remuneração obtida por meio da atuação como freelancer pode ser sua fonte de renda principal — ou até mesmo exclusiva, sem fontes extras.

No entanto, isso exige dedicação para construir uma reputação e garantir a recorrência de demandas. Também é necessário ter um bom planejamento financeiro, para evitar problemas por desorganização e variações nos trabalhos.

Quais os tipos de trabalho freelancer?

É possível atuar nessa função em uma gama enorme de áreas. Muitas profissões podem ter as atividades adaptadas ao contexto freela, como o ensino, a arquitetura, a contabilidade e o jornalismo. Isso significa que, em vez de ter um trabalho convencional na sua área, você pode cumprir tarefas pontuais.

Também é possível atuar como CLT e como freelancer na mesma área, bem como atuar com carteira assinada em algo e de forma autônoma em outra coisa, mesmo que seja totalmente diferente.

Não há limites para a quantidade de serviços freela que você pode oferecer, mas é fundamental se ater ao que você já sabe fazer, ou ao menos tem afinidade suficiente para aprender rápido. Uma área bastante promissora para freelancers é o marketing, com destaque para o marketing de conteúdo, onde há espaço para um leque enorme de funções.

Alguns exemplos de atividades comumente desempenhadas por freelancers são:

  • transcrição — de áudio para texto, vídeo para texto ou até mesmo texto manuscrito para versões digitais;
  • redação, a exemplo da criação de textos para blogs;
  • revisão de texto;
  • tradução, tanto do português para outro idioma como o contrário;
  • design gráfico;
  • administração de redes sociais — normalmente, o profissional é conhecido como social media;
  • edição de vídeo e áudio.

Como é a rotina de trabalho?

Basicamente, o ritmo do profissional freelancer é construído por ele mesmo. No entanto, os trabalhos quase sempre envolvem prazos, que podem ser bem curtos. Vale lembrar a importância de honrar o compromisso acordado com o cliente.

Confira, a seguir, vantagens e desvantagens da rotina de um freelancer.

Vantagens

Para muitas pessoas, a autonomia inerente a esse tipo de trabalho é um grande benefício. Afinal, desde que se atenha aos prazos, você pode escolher livremente o horário em que vai trabalhar. Isso faz com que essa seja uma profissão fácil de conciliar com outras, além de dar mais espaço para outras atividades, como praticar atividade física e ter momentos de lazer.

Outra grande vantagem é a portabilidade do trabalho freelancer. Desde que tenha um dispositivo conectado à internet, você pode levar seu trabalho com você para onde quiser. O ideal é usar um computador para trabalhar, mas também é possível usar um smartphone ou outro aparelho.

Desvantagens

A portabilidade do trabalho, apresentada como benefício, pode também ser um ponto negativo se você não souber equilibrar as coisas. Por exemplo, é possível sentir a tentação de levar seu laptop com você quando for sair de casa para visitar um familiar, já que não há horário bem definido para trabalhar e que a remuneração é proporcional à produção. Para contornar esse aspecto, é importante ter sabedoria e definir bem sua rotina de trabalho.

Os ganhos do freela dependem diretamente do quanto ele produz, o que pode ser tanto um ponto positivo como negativo. A grande desvantagem nisso é que os direitos trabalhistas não contemplam essa modalidade de trabalho.

Para tirar férias, por exemplo, ou lidar com questões de saúde ou familiares que impeçam o trabalho, não há qualquer garantia. Vale lembrar, ainda, que esse profissional lida com trabalhos pontuais, que podem ser bastante sazonais, tendo demanda variável ao longo do ano. Então, se você passar um mês sem demanda, não vai receber qualquer remuneração, enquanto um emprego de carteira assinada garante o pagamento mensal e uma série de direitos.

Para evitar que essas questões se tornem um grande problema, é fundamental poupar e investir dinheiro, garantindo a melhor reserva de emergência possível. Além de, claro, ter recursos para dar uma pausa no trabalho e fazer uma viagem para espairecer vez ou outra.

Como ser um freelancer de sucesso?

Para construir de forma mais rápida e fluida sua carreira, é importante:

  • divulgar seu trabalho para conquistar clientes, usando as redes sociais para ganhar visibilidade, além de um portfólio para apresentar suas habilidades;
  • investir em capacitação — existem muitos online, tanto gratuitos como pagos, que podem ajudar você a ter mais qualificação e transmitir mais credibilidade;
  • buscar trabalhar com o que realmente sabe fazer e se aprimorar constantemente;
  • ter protocolos para evitar golpes quando não estiver trabalhando em plataformas que ofereçam mais segurança, você pode, por exemplo, provar que o trabalho está feito e enviar a versão completa somente após o pagamento. Ou exigir metade do pagamento antes de iniciar a tarefa.

Como saber se o trabalho freela serve para você?

Para alguns, a vida de um freelancer é exatamente o que um trabalho dos sonhos traria: total autonomia para escolher quais trabalhos fazer, com que prazos se comprometer e em que horários trabalhar, sem ter que lidar com um chefe. Afinal, o freelancer é o próprio chefe nesse trabalho.

Outras pessoas, no entanto, podem ficar muito desconfortáveis com a ideia de não ter uma renda fixa garantida. Se você é uma pessoa que preza muito pela estabilidade, lançar-se de vez no universo freelancer provavelmente não é o ideal.

Você pode ter essa modalidade de trabalho como uma fonte de renda extra, sem abrir mão de vínculos empregatícios. Caso deseje futuramente transformar o trabalho freelancer na sua fonte de renda principal, construa a carreira enquanto mantém um emprego formal, até que perceba que é mais seguro investir nessa ideia.

Caso não tenha um emprego fixo e tenha o suporte financeiro de alguém (como seus pais), pode valer a pena arriscar e começar a fazer freelas. Talvez isso até seja a porta para sua independência financeira, já pensou?

Qual a importância da capacitação?

Nesse sentido, vale lembrar que se jogar na carreira freela não é motivo para abrir mão da continuidade da sua educação e qualificação profissional. Até porque alguns clientes podem exigir uma capacitação maior, e, mesmo que não seja o caso, ter conhecimentos avançados em uma área tende a abrir portas para que você faça trabalhos ligados a ela e receba uma remuneração melhor por eles.

Demandas ligadas ao marketing de conteúdo, por exemplo, costumam exigir conhecimentos mais específicos sobre esse universo. Além disso, se você tem interesse em trabalhar com revisão ou formatação de trabalhos acadêmicos, ter uma experiência pessoal (e estudantil) com a produção de documentos assim certamente tornará você mais confiável aos olhos de possíveis clientes.

Esperamos que esta leitura tenha sanado suas dúvidas sobre o que é freelancer, como funciona o trabalho e como se inserir nesse universo. Seja você alguém que pode se lançar sem medo na carreira, ou alguém que tem muito a perder, é uma ótima ideia ao menos experimentar fazer alguns trabalhos autônomos. Se essa vai ser uma fonte de renda extra ou seu verdadeiro ganha-pão, fica a seu critério.

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